Como enganar o seu cérebro
por Victor Schroeder
Hoje o blog vai brincar com o seu cérebro. Não precisa ter
medo, não vai haver nenhum tipo de sequela ou efeito colateral. A não ser que
você considere o eventual relaxamento proporcionado algo assim tão doloroso.
Você já ouviu falar as frequências binaurais? Este fenômeno
é o resultado da emissão de duas frequências sonoras próximas, mas não
exatamente iguais, uma em cada ouvido (para percebê-la é necessária a
utilização de fones de ouvido). A sensação que se tem é de um som pulsante, mas
ao tirar um fone de cada vez, se percebe que esta pulsação não existe. O que os
ouvidos mais apurados vão perceber é uma leve variação da altura do som. Vale
lembrar que, ao contrário do que se diz popularmente, a altura não se refere ao
volume do som, mas sim à freqüência. É o que a maioria conhece por som grave,
médio ou agudo, explicando grosseiramente. Você quer sentir o resultado, não é?
Aqui está. Não esqueça dos fones de ouvido.
A explicação está no processamento que o cérebro faz dos
sons captados pelos ouvidos. É por este processamento que percebemos de que
lado vem certa emissão de som, pois um ouvido recebe a informação antes do
outro. Se duas freqüências semelhantes, diferentes apenas por questões de
alguns Hertz (medida oficial) são processadas pelo cérebro, este tem a
tendência de entender que uma está chegando antes que a outra e tenta
identificar qual está mais próxima. Como as duas estão sendo emitidas ao mesmo
tempo, há esta ilusão de deslocamento das fontes sonoras, o que gera esta
pulsação. Se você pensou que este fenômeno geraria algum desconforto, bem pelo contrário. Frequências binaurais são utilizadas inclusive em sessões de meditação, atuando no relaxamento da mente e do corpo.
Não foi tão ruim assim, foi?
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